DUZENTOS METROS
ATÉ O MÊS PASSADO EU NÃO TINHA TEMPO PARA NADA. MEU TEMPO ERA TODO SEU. FAZIA TUDO DO SEU JEITO PORQUE DENTRO DO MEU PEITO VOCE MORAVA. COMO PROMETEU. A PROMESSA FOI FEITA. TUDO ERA LINDO ENTRE NÓS. NOSSAS IDÉIAS SE ENCAIXAVAM OS NOSSOS SONHOS TINHAM O MESMO SENTIMENTO DUAS CABEÇAS NUM SÓ PENSAMENTO. MAS A PROMESSA FEITA TEVE O ROMPIMENTO. EU SORRIA E VOCE GARGALHAVA. A CASA ERA NÓS DOIS QUE ORGANIZAVA. SEMPRE CANTANDO E DANÇANDO. ERAM DOIS AVENTAIS DESFAZENDO A SUJEIRA. HOJE ESTÁ TUDO DIFERENTE. UM PARA CADA LADO. JUNTO DE NÓS SOMENTE UM ADVOGADO PARA LEMBRAR QUE CADA UM TEM DE FICAR DUZENTOS METROS DISTANTE DO OUTRO. OS AVENTAIS SUMIRAM LEVANDO A POEIRA.
Poeta Almir Campos
Enviado por Poeta Almir Campos em 24/11/2024
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